O outro lado da agressividade
A agressividade é um tema bastante complexo e com várias teorias para sua origem. Freud inicialmente associou como uma reação à frustração ao contato com a realidade e depois incluiu a noção de pulsão de morte; Alfred Adler criou a pulsão de agressividade; Melanie Klein associou à inveja, para Winnicott são 4: a motilidade do bebê em fase intra-uterina; impulso amoroso primitivo; reação às intrusões do ambiente (bebê) e destrutividade sem raiva, entre outras teóricos e teorias igualmente importantes.
No meu entender a agressividade possui um lado positivo e negativo: ao mesmo tempo em que é propulsora da espontâneidade, autoproteção e expressão da individualidade, também é causadora de violência e destruição. Normalmente, a violência vem em resposta ao medo e ansiedade que a realidade representa.
Como ela é um instinto perigoso, as pessoas a escondem, disfarçam ou atribuem a agentes externos. Essa repressão normalmente gera uma descarga maior quando é exteriorizada, causando danos ao redor da pessoa.
Crianças que normalmente agridem os pais e não são repreendidos adequadamente, tendem a repetir esse comportamento na fase adulta: Se o mundo sempre aceitou porque agora não pode aceitar?
Os adultos que não conseguiram adquirir a maturidade necessária para o equilíbrio dessa força, acabam causando sofrimento a sí e às pessoas ao seu redor. É necessário identificar as causas inconscientes do sujeito e elaborá-las. Se necessário, é indicado uso de medicamento, pois dependendo do grau do sintoma pode existir uma séria patologia